Trabalhar como PJ (pessoa jurídica) dá mais liberdade, mas também tira várias proteções que quem é CLT (contratado com carteira assinada) tem garantidas. Se você trabalha como PJ, não recebe FGTS, não tem auxílio-doença automático e nem conta com os benefícios que um empregado comum recebe. De acordo com a empresa especializada em seguro de vida para pj, a SeguroCerto, essa falta de proteção afeta milhões de brasileiros que precisam se proteger sozinhos. Atualmente, mais de 32 milhões de pessoas trabalham na informalidade ou sem carteira assinada no país.

O Que Significa Trabalhar Como PJ no Brasil

O Brasil tem quase 39 milhões de trabalhadores informais, sendo que 25 milhões trabalham por conta própria, segundo dados do IBGE. Muitas pessoas escolhem (ou são obrigadas) a trabalhar como PJ para ter mais flexibilidade ou porque essa é a única forma de conseguir trabalho. Porém, essa escolha significa abrir mão de vários direitos: férias pagas, décimo terceiro salário, FGTS e seguro-desemprego. Além disso, o profissional PJ precisa pagar sua própria contribuição para o INSS se quiser ter direito a aposentadoria ou auxílio-doença — e mesmo assim, os valores são menores do que os de um trabalhador CLT.

O grande problema acontece quando o profissional não se prepara para essa realidade e fica completamente desprotegido quando algo grave acontece. Uma doença que dura muito tempo, um acidente que deixa sequelas ou até uma morte inesperada podem deixar a família em situação financeira muito difícil. Enquanto o trabalhador CLT tem uma rede de proteção institucional, o PJ fica sem amparo — e é exatamente nesse momento que o seguro de vida faz toda a diferença.

O Risco da Pejotização

Muitas empresas exigem que o trabalhador se torne PJ para prestar serviço, mas o tratam como se fosse CLT — só que sem dar os direitos trabalhistas. Isso se chama pejotização e coloca todos os riscos e custos nas costas do trabalhador. Mesmo quando o trabalho como PJ é legítimo, a falta de proteção deixa a pessoa muito vulnerável. Diferente do CLT, que tem INSS, auxílio e estabilidade em momentos difíceis, o PJ precisa buscar proteções privadas para não ficar desamparado.

Como o Seguro de Vida Ajuda o Profissional PJ

O seguro de vida funciona assim: você paga um valor mensal e, se acontecer algo coberto pelo contrato (como morte, invalidez ou doença grave), a seguradora paga uma indenização. Para quem trabalha como PJ, esse seguro substitui os benefícios trabalhistas que não existem. As principais coberturas são: morte por qualquer motivo, invalidez permanente (quando você perde a capacidade de trabalhar) causada por acidente, diagnóstico de doenças graves como câncer, AVC, infarto e insuficiência renal, e em alguns planos, pagamento antecipado se você receber diagnóstico de doença terminal.

Especialistas recomendam que autônomos e PJs pensem em três pontos ao contratar seguros: proteger a renda, amparar a família e, quando possível, proteger os bens. As seguradoras hoje oferecem planos que você pode personalizar, escolhendo as coberturas que fazem sentido para sua situação, e isso torna o seguro mais acessível. O valor mensal varia entre R$ 20 e R$ 200, dependendo da sua idade, sexo, coberturas escolhidas e valor segurado — um preço que cabe no bolso de quem trabalha como freelancer ou consultor.

Passos Para Contratar Seu Seguro

Contratar seguro de vida é um processo simples, mas precisa de atenção em alguns detalhes. Primeiro, defina o que é mais importante para você: proteger sua família se você morrer, garantir uma renda se ficar inválido ou pagar tratamento de doença grave. Depois, compare propostas de diferentes seguradoras ou corretoras, olhando com cuidado as coberturas, o que não está coberto (exclusões), o tempo de carência (período em que o seguro ainda não funciona) e os valores. Corretores especializados normalmente conseguem preços melhores que bancos e explicam melhor o que cada cobertura significa na prática.

Durante a contratação, você vai passar por uma análise de saúde e preencher um formulário chamado DPS (Declaração Pessoal de Saúde), informando doenças que você já teve e seu histórico médico. É muito importante ser honesto nessa etapa, porque esconder informações pode fazer a seguradora não pagar a indenização no futuro. Depois que tudo for aprovado e você assinar o contrato, o seguro começa a funcionar, geralmente com cobertura imediata para morte por acidente e com períodos de carência de 30 a 180 dias para doenças graves. Guarde todos os documentos em lugar seguro e conte para sua família onde eles estão — isso facilita muito na hora de usar o seguro.


PRINCIPAIS COBERTURAS PARA QUEM É PJ

  • Morte (natural ou por acidente): A indenização é paga para quem você indicar como beneficiário, substituindo sua renda e protegendo sua família.
  • Invalidez permanente: Paga indenização se você perder a capacidade de trabalhar de forma definitiva, seja total ou parcial, por acidente ou doença.
  • Doenças graves: Paga parte da indenização antecipadamente depois do diagnóstico de câncer, AVC, infarto e outras doenças graves, dando dinheiro para custear o tratamento sem comprometer o orçamento da família.

Outras Proteções Importantes

Além do seguro de vida, o profissional PJ deveria montar um planejamento financeiro mais completo, incluindo previdência privada, uma reserva de emergência e seguros para proteger bens como casa, carro e equipamentos de trabalho. Muitas pessoas trabalham em casa usando seus próprios equipamentos, e proteger esses itens é importante para não parar de trabalhar se algo quebrar ou for roubado. A combinação de diferentes tipos de seguros cria uma proteção completa, ajustada ao que você realmente precisa.

Outra opção interessante é o seguro de acidentes pessoais, que cobre situações específicas como quedas, fraturas e lesões, com pagamentos rápidos e sem períodos de carência longos. Se você trabalha em área de risco (como construção civil, transporte, entregas ou atendimento externo), esse tipo de seguro complementa o seguro de vida tradicional. E não esqueça de revisar suas coberturas de tempos em tempos, ajustando os valores conforme sua renda, família e momento de vida mudam.

Como Escolher Sem Errar

Na hora de comparar seguros, não olhe apenas o preço — avalie também quais são as coberturas, qual é a reputação da seguradora, quanto tempo dura a carência e quais são as condições para receber o pagamento. Planos muito baratos podem ter problemas sérios, como não cobrir doenças que você já tem, ter carências muito longas ou oferecer valores segurados que não cobrem nem as despesas básicas. Por outro lado, planos muito caros nem sempre são necessários — o ideal é encontrar um equilíbrio entre preço e benefício, focando no que realmente importa para sua situação.

Verifique também se a seguradora oferece serviços extras, como atendimento médico por telefone 24 horas, assistência funeral, orientação jurídica e apoio psicológico — esses serviços agregam valor e podem fazer diferença em momentos difíceis. Leia as condições do contrato com calma e tire todas as dúvidas com o corretor antes de assinar, para não ter surpresas desagradáveis depois. Ser transparente e ter informação são essenciais para que a proteção funcione quando você mais precisar.

Resumo

Trabalhar como PJ no Brasil traz desafios únicos, com exposição total a riscos que trabalhadores CLT têm cobertos por lei. Contratar seguro de vida deixa de ser opcional e se torna necessário, garantindo renda para a família em caso de morte, invalidez ou doença grave. Com valores que cabem no bolso e planos que você pode personalizar, é possível criar uma proteção sólida mesmo sem vínculo de emprego formal. O próximo passo é consultar um corretor especializado, comparar propostas e escolher o plano que melhor se encaixa na sua realidade — seu futuro e sua família vão agradecer

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